Muitos têm sido os estudos para descobrirmos como o hidrogénio pode ser benéfico para a prevenção e o tratamento do cancro. Afinal de contas, existem várias evidências científicas desse efeito benéfico para os doentes oncológicos, mas há ainda um longo caminho por percorrer, por forma a entendermos a extensão desse benefício.

As conclusões dos estudos têm sido animadoras e encorajam cada vez mais universidades e laboratórios a testar o impacto do consumo de água hidrogenada em doentes oncológicos.

Até agora sabemos que o consumo de água hidrogenada:

• atenua os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia,
• em pacientes submetidos à radioterapia, tem uma ação preventiva contra os danos oxidativos induzidos pela radiação.
• pode aliviar os efeitos colaterais de algumas drogas citotóxicas sem comprometer a atividade antitumoral da quimioterapia.

Existe ainda a possibilidade de o efeito antioxidante da água rica em hidrogénio poder reduzir o stress oxidativo das células tumorais e exercer assim um efeito anticancerígeno devido às características específicas dessas células (aumento da proliferação celular, síntese de DNA, sobrevivência, migração celular, invasão, metástase tumoral e angiogénese). Espera-se, portanto, que seja eficaz contra a metástase ou progressão do cancro.

Estudos in vitro, como um estudo levado a cabo em 2008 na Universidade de Hiroshima, no Japão, denominado “Neutral pH hydrogen-enriched electrolyzed water achieves tumor-preferential clonal growth inhibition over normal cells and tumor invasion inhibition concurrently with intracellular oxidant repression” confirmam a excelente estabilidade da água hidrogenada na cavidade oral humana e um alto poder de retenção, em comparação com a água normal da torneira. Tal permite exercer um efeito antioxidante e anticancerígeno, uma vez que o hidrogénio não se perde facilmente após o primeiro contacto da água com a boca. Embora se espere que a água hidrogenada neutra seja uma estratégia útil para aplicação clínica na terapia do cancro, todos esses resultados encontrados in vitro precisam de ser confirmados em estudos in vivo.

Num estudo de 2011, na Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos da América, foi estudado o efeito do consumo diário de água hidrogenada (1,5-2 litros/dia) por 6 semanas em 49 pacientes submetidos à radioterapia para um tumor hepático. O hidrogénio preveniu a elevação dos níveis de Oxigénio Reativo devido à radiação, manteve a capacidade antioxidante endógena e melhorou a qualidade de vida dos pacientes. Além disso, a água hidrogenada preveniu a típica falta de apetite nesses pacientes, tudo sem influenciar a resposta do tumor à radioterapia.

Também um estudo realizado em Shanghai, China, denominado “Hydrogen therapy may be an effective and specific novel treatment for acute radiation syndrome” chegou à conclusão que o tratamento com água hidrogenada reduz os marcadores de stress oxidativo produzidos após a radiação e traz benefícios em pacientes submetidos à radioterapia, melhorando a sua qualidade de vida. Esses resultados encorajadores sugerem que o hidrogénio molecular tem potencial como agente radioprotetor com eficácia e sem toxicidade.

O Instituto da Ciência do Envelhecimento, na Universidade de Medicina do Japão, tem-se dedicado a este tema já há vários anos, tendo já lançado vários estudos sobre o hidrogénio e o cancro. Um estudo de 2011 denominado “Progresso recente em direção à medicina do hidrogénio: potencial do hidrogénio molecular para aplicações preventivas e terapêuticas”, concluiu que as drogas citotóxicas como a cisplatina que são amplamente utilizadas na quimioterapia apresentam efeitos colaterais significativos, alguns relacionados com o stress oxidativo e inflamação. E que “a administração de água rica em hidrogénio pode aliviar a toxicidade renal induzida pela cisplatina sem comprometer a atividade antitumoral da quimioterapia”.
Por fim, citamos ainda um estudo de 2009 da mesma universidade: “… O consumo sob demanda de água rica em hidrogénio também reduziu o stress oxidativo, a mortalidade e a perda de peso induzida pela cisplatina. Apesar de seus efeitos protetores contra a toxicidade induzida pela cisplatina, o hidrogénio não afetou a atividade antitumoral da cisplatina contra linhas de células cancerígenas in vitro e em camundongos portadores de tumor in vivo. O hidrogénio tem o potencial de melhorar a qualidade de vida dos pacientes durante a quimioterapia, mitigando eficientemente os efeitos colaterais da cisplatina.”

Espera-nos um futuro promissor nos avanços da prevenção e tratamento desta terrível doença e na melhoria da qualidade de vida dos doentes oncológicos. Até lá, recomendamos que beba água hidrogenada!